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Natal 71 & Deus Não Quis: sessão de cinema no Museu do Aljube

Sessão com duas produções portuguesas com mais de 10 anos, diferentes dimensões sociais da guerra colonial. Um documentário para televisão sobre a circulação de mensagens de e para soldados nos diferentes territórios, e uma curta de ficção remetendo para impactos sociais da guerra através da cultura popular, que estreou em sala.


CICLO DE CINEMA | Natal 71 & Deus Não Quis

25 DE FEVEREIRO DE 2022 – 16H00

AUDITÓRIO DO MUSEU DO ALJUBE

Um breve panorama da multiplicidade de abordagens cinematográficas à guerra colonial portuguesa em duas sessões. Na segunda, juntam-se duas produções portuguesas com mais de 10 anos. Um documentário para televisão sobre a circulação de mensagens de e para soldados nos diferentes territórios, e uma curta de ficção remetendo para impactos sociais da guerra através da cultura popular, que estreou em sala.


25 de fevereiro, 16h, Sessão total: 67’


Natal 71(52’), Margarida Cardoso, 2000


Natal 71 foi um disco oferecido aos militares em guerra nas colónias portuguesas em África nesse mesmo ano. Cancioneiro do Niassa tornou-se numa cassete áudio, gravada clandestinamente por militares ao longo dos anos de guerra, em Moçambique. A cassete é uma voz de revolta, o disco uma peça de propaganda nacionalista. Ambos são memórias de uma ditadura fascista. Memórias de um país fechado do resto do mundo, pobre e ignorante, adormecido por uma propaganda que tentava esconder todos os conflitos internos, e que impedia de pensar e de reconhecer a natureza repressiva do regime em que se vivia. O documentário parte das memórias familiares da realizadora, para refletir sobre o país em que cresceu.


Deus Não Quis (15’), António Ferreira, 2007


Deus Não Quis é baseado na dramatização dos versos da canção popular Laurindinha. É a história de Ramiro, um rapaz, que parte para a Guerra Colonial; do seu regresso e do desencontro com o amor da sua vida – Laurinda. Um filme que se apropria da cultura popular portuguesa, para pensar cinematograficamente alguns dos impactos sociais incrustados no país de uma longa e longínqua guerra.


No âmbito da exposição A Guerra Guardada: fotografia de soldados portugueses em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique (1961-74), programamos duas sessões de um ciclo de cinema no Museu do Aljube. As sessões propõem um breve panorama da multiplicidade de abordagens cinematográficas à guerra colonial portuguesa. A primeira é um documentário de produção angolana que dá acesso a memórias de quem em Angola esteve do outro lado da guerra que a exposição Guerra Guardada aborda.

A Guerra Guardada: Exposição

A Guerra Guardada: fotografia de soldados portugueses em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique (1961-74) 13 janeiro a 20 de março 2022 – 4º piso, Museu do Aljube Resistência e Liberdade 3ª a Domingo, 10h-18h A Guerra Guardada explora coleções pessoais de homens que em tempos foram soldados. A maioria foi recolhida através de entrevistas presenciais no quadro de uma investigação etnográfica em curso no ICS-ULisboa. As restantes estão publicadas em diversos sítios e arquivos da internet. Dispersas um pouco por todo o país, retratam um tempo e um espaço distantes, e mostram uma guerra vivida mas também imaginada. Banais ou extraordinárias, revelam os muitos mundos de uma guerra longa e anacrónica que foi mandada combater pela ditadura. Que possam provocar diálogos em democracia. Associamos ao longo destes dois meses uma programação que inclui uma versão abreviada de um espetáculo de teatro, duas sessões de cinema integradas num ciclo mais vasto e dinamizamos conversas com convidados, sujeitas às condicionantes causados pela pandemia COVID-19. Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte Curadoras

A Guerra Guardada inclui a possibilidade de ouvir algumas histórias por detrás das fotografias, através de QR codes. Sugerimos que leve o seu smartphone e auriculares quando a visitar, para garantir que desfruta em segurança desses conteúdos da exposição. email: aguerraguardada@gmail.com

FICHA TÉCNICA Curadoria: Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte Fundos e intervenientes: Arquivo Aveiro e Cultura, Albano Costa Pereira, Antonino Pereira, António Barros, António Fernando Gonçalves, António Vilela, António Silvestre, Ângelo Teixeira, Boaventura Martins, Carlos Mendes, Casimiro Silva, Francisco Gomes, Fernando Penim Redondo, Fernando Silvestre, Fotosíntese/Buala, Gabriel Marques, Horácio Marcelino, João Freitas, João Gameiro, João Sousa, Joaquim Augusto Carvalho, Joaquim Cunha, Joaquim Silva, Joaquim Tomaz Soares, José Nunes Afonso, José Alves, José Cunha, José Freire, José Fernando Sousa, José Lopes, José Lourenço, José Pinto, José Rodrigues de Almeida, Luciano Leal, Luis Correa de Sá, Luis Mata, Manuel Carvalho, Manuel Rosa, Mário Martins, Mário Silva, Virgilio Santos Artistas convidados: Daniel Barroca, Patricia Barbosa, Rita Neves, Maria Gonzaga Máquinas Fotográficas: Fernando Penim Redondo Museografia e Design: Ophelia Estúdio Áudio: Ana Coelho, Filipe Fernandes, Luis Ferraz, Miguel Ramos, Rosário Melo (Confederação), AP Silvestre, Inês Ponte Video: Inês Ponte Gestão ICS-ULisboa: Eugénia Rodrigues, Pellegrino Cammino, Telma Vinhas Exposição desenvolvida no âmbito do projeto de investigação de pós-doutoramento no ICS-ULisboa, “Imagem, guerra e memória: fotografia da guerra colonial nas coleções pessoais e nos arquivos institucionais” (SFRH/BPD/116134/2016), com apoio de 2020.01762.CEECIND. ****************************************** página da exposição A Guerra Guardada no Museu do Aljube



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